A Amazônia é o maior bioma brasileiro, está localizada na Região Norte do Brasil e ocupa uma área de mais de 4.000.000 km², cerca de um terço da área total do país. Está presente também na Colômbia, Equador, Bolívia, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. Compreende um dos maiores e mais diversificados biomas do planeta, contendo uma rica biodiversidade de fauna e flora, com alto grau de endemismo. Ela integra oito estados brasileiros e 125 unidades de conservação federal.
O clima nessa região é o equatorial, que é quente e úmido. O solo é rico e apresenta grande ciclagem de nutrientes, no entanto, a redução da cobertura vegetal pelas ações humanas geram grandes impactos na composição e recomposição do solo. Uma das principais características do bioma é a presença de uma imensa área ocupada por floresta ombrófila densa (ombrófila, do grego “amiga da água”).
A área da Floresta Amazônica produz imensas quantidades de água, e um fenômeno conhecido como “rios voadores”. Estes fluxos aéreos de água, formados por massas de ar carregadas de vapor de água, são ‘puxados’ do oceano Atlântico. Depois, empurrados por ventos, levam a umidade para outras regiões do Brasil; e para outros países da América do Sul como Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai e até mesmo o sul do Chile.
Em um único dia uma árvore com uma copa de 10 metros pode bombear mais de 300 litros de água para a atmosfera. Calcula-se que haja cerca de 600 bilhões de arvores na Amazônia. Isso dá a dimensão do volume de água bombeado a cada 24 horas. Assim como os oceanos, as florestas retêm o carbono no solo e árvores. Quando desmatadas, o carbono retido é liberado na atmosfera na forma de dióxido de carbono, um dos gases causadores do efeito estufa, o que altera o clima em todo o mundo. À medida que as florestas são queimadas ou retiradas e o processo de aquecimento global é intensificado, o desmatamento da Amazônia gradualmente desmonta os frágeis processos ecológicos que levaram anos para serem construídos e refinados.
No cenário mais dramático, a devastação da Amazônia poderia transformar o Brasil numa espécie de Austrália. Franjas de áreas úmidas no litoral com um grande deserto no centro do país. Para evitar isso, é fundamental frear de imediato a destruição da floresta. Também não custa olhar para o conhecimento de povos que viveram em harmonia com a natureza por ali durante séculos.
Na Amazônia encontra-se a maior bacia hidrográfica do planeta. A Bacia Amazônica apresenta cerca de 7.000.000 km² com 1.100 afluentes. Seu principal rio é o Amazonas, que lança ao mar cerca de 175 milhões de litros d'água por segundo. Os rios da Amazônia apresentam características distintas. Há rios que apresentam águas claras, como o Rio Xingu, mas também há os rios de águas negras ou pretas, como o Rio Negro, e rios de águas brancas, como o Solimões.
A biodiversidade é importante porque é justamente o equilíbrio proporcionado por ela que traz purificação da água e do ar, controle de doenças e pestes, polinização, solos férteis e proteção ao aquecimento global. Mas ações humanas estão levando espécies à extinção a um ritmo alarmante, ameaçando a biodiversidade e colocando esse frágil equilíbrio em risco. Estudos mostram que o desaparecimento da biodiversidade global vem ocorrendo mil vezes mais rápido do que se acontecesse naturalmente e, atualmente, cerca de 1 milhão de espécies podem desaparecer para sempre, caso não controlemos o desmatamento e outros fatores que levam à perda de biodiversidade.
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